DA EDUCAÇÃO BÁSICA AO ENSINO SUPERIOR: A LUTA EM DEFESA DA EDUCAÇÃO ENGLOBA TODOS OS NÍVEIS

Uma educação básica de qualidade afeta diretamente o trabalho dos professores na universidade. Nesse sentido, a ADUFSJ - Seção Sindical acredita que defender a educação básica e seus profissionais é defender o ensino superior público, gratuito e de qualidade. E essa defesa inclui em sua pauta a luta contra os ataques promovidos pelo governador de Minas Gerais, Romeu Zema (NOVO), à educação básica, seus professores e entidades sindicais que os representam e a revogação total do Novo Ensino Médio. 

Na última terça (21), Romeu Zema (NOVO) encaminhou à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), um projeto que prevê a criação de 5.400 cargos na Polícia Militar, ampliando as equipes de profissionais que atuam nas unidades do Colégio Tiradentes. Para compensar a criação desses postos, o projeto propõe a extinção de 7.266 cargos da Secretaria de Estado de Educação. O projeto também promove a mesma compensação de cargos de diretor de escola. São criados 30 cargos no Colégio Tiradentes e extintos 38 cargos na Secretaria de Educação.

Outro ataque do governador à educação básica se dá através da cobrança de R$ 3,2 milhões do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE-MG) pela greve dos profissionais do ensino público realizada em 2022, mesmo após a reposição dos dias ter sido cumprida pelos professores após a paralisação. 

Além disso, o governo estadual não tem cumprido o piso garantido por lei federal à categoria e quer retirar o reajuste de 11,36%, aplicado em 2016, já concedido aos trabalhadores em educação da rede estadual de ensino.

Novo Ensino Médio 

Em nível nacional, um dos principais desafios da educação atualmente é o Novo Ensino Médio. A medida, aprovada em 2017 durante o  governo Temer, estipula que parte das aulas deverá ser comum a todos os estudantes do país, direcionada pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), enquanto, em outra parte da formação, os próprios alunos poderão escolher as disciplinas para aprofundar o aprendizado.

Educadores e especialistas em educação defendem que o Novo Ensino Médio compromete profundamente os estudantes e isso interfere diretamente no acesso dos mesmos à universidade pública, uma vez que retira da grade curricular obrigatória disciplinas que são fundamentais para a formação do senso crítico e capacidade de reflexão dos estudantes, resultando em uma formação engessada, apressada e sem qualidade. 

Por isso a ADUFSJ se une aos movimentos e sindicatos que dizem não à reforma do ensino médio e reivindicam sua imediata revogação.

Compartilhar