ADUFSJ ADERE À GREVE GERAL DO DIA 18 DE AGOSTO

Em assembleia, os docentes discutiram também temas como o retorno às aulas presenciais

Em assembleia realizada no final da tarde da terça (3) as/os docentes sindicalizadas/os à ADUFSJ - Seção Sindical votaram pela adesão à Greve Geral do dia 18 de agosto. O sindicato se une ao movimento nacional que tem como principal demanda a defesa dos servidores públicos contra a PEC da Reforma Administrativa.

A presidenta da ADUFSJ, Jaqueline de Grammont, ressaltou a importância da participação ativa das/os sindicalizadas/os nesse movimento, seja nas ruas ou nas redes sociais, enfatizando a urgência da luta política num momento de ameaças explícitas aos direitos trabalhistas e políticos já conquistados.

Atos anteriores

A ADUFSJ é um dos sindicatos que compõem a ‘Frente Fora Bolsonaro’, em São João del-Rei, responsável pela realização dos atos contra o atual governo na cidade.

Durante a assembleia, a diretoria expôs sua avaliação positiva sobre os quatro atos já realizados e destacou a importância da última manifestação, realizada em 24/7 que contou com a adesão de ainda mais cidades no país e no exterior.

Além da Greve Geral do dia 18, o calendário de lutas prevê uma nova mobilização nacional para o dia 7 de setembro, data que já faz parte do calendário de manifestações de muitos movimentos sociais com o ‘Grito dos Excluídos’.

Retorno Presencial e Trabalho Remoto

O professor Alberto Tibaji apresentou o Plano de Retorno Gradual aprovado pela UFSJ, construído coletivamente, e esclareceu que o retorno presencial prevê um processo gradual e seguro e se iniciará com as atividades que não têm como ser realizadas de forma remota, a partir de uma solicitação dos cursos e aprovação da UFSJ. Além disso, será facultativo tanto para docentes quanto para técnicos e discentes  da universidade, de forma que o ensino remoto ainda deve perdurar mesmo com o início de atividades presenciais.

A professora Socorro Alencar apresentou a discussão em pauta no Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Conep), sobre a reavaliação das deliberações que regularizam o trabalho/ensino remoto na UFSJ no segundo semestre de 2021. A resolução foi votada no órgão colegiado no dia seguinte, na quarta (4).  

A proposta de resolução apresentada no Conep previa, em um de seus artigos, que a oferta e a reposição de unidades curriculares estivesse vinculada às condições efetivas dos docentes durante a pandemia e que, ao final do ensino remoto, a carga horária fosse reposta, respeitando as necessidades dos alunos.

Pautada na discussão da autonomia universitária e na indissociabilidade das ações de ensino, pesquisa e extensão que compõem o fazer docente na academia, a professora Socorro Alencar propôs, em seu parecer sobre o assunto, que a legislação incorporasse a preocupação com as possibilidades reais de minimizar os problemas decorrentes da pandemia nos processos educativos, que não serão resolvidos de uma hora para a outra, com a seguinte redação: 'analisar a possibilidade de atendimento das solicitações de oferta de Unidades Curriculares, observando-se as limitações estruturais e de recursos humanos e, em caso de atendimento, indicar a/o docente responsável pela UC'.

As/Os sindicalizadas/os da ADUFSJ aprovaram e redigiram, ainda durante a assembleia, uma moção de apoio ao parecer apresentado pela professora ao Conep. No dia seguinte, o órgão colegiado aprovou uma norma específica para este semestre, que prevê que toda reposição e toda oferta de unidades curriculares deve se basear nas condições de infraestrutura, de pessoal, de recursos humanos e também de um mapeamento cuidadoso das reais necessidades dos alunos.

Informes

Além da deliberação da adesão à Greve Geral e os pontos de discussão, alguns informes foram passados às/aos sindicalizadas/os durante a assembleia.

A presidenta da ADUFSJ, Jaqueline de Grammont informou que o sindicato foi convidado a participar de uma reunião da Pró-reitoria de Gestão de Pessoas (Progp) e, juntamente com outras entidades, irá discutir as normativas do Governo Federal que tratam dos sistemas de ponto e controle de frequência dos servidores.

A diretoria da ADUFSJ afirmou que, além da proposta da Reforma Administrativa, o governo tem apresentado diversos pareceres que, apesar do caráter técnico, tem como objetivo cercear, intimidar e retirar direitos das/os professoras/es.

Como uma forma de mensurar e combater os ataques à categoria, o Observatório do Conhecimento irá lançar, ainda em agosto, uma pesquisa sobre perseguição científica e perda de liberdade acadêmica. As/Os sindicalizadas/os foram convidadas/os a contribuir com a iniciativa respondendo ao levantamento e também ajudando a divulgar a pesquisa.

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