PROFESSOR DA UFSJ TEM PREJUÍZO DE MAIS DE R$ 90 MIL COM GOLPE DO EMPRÉSTIMO CONSIGNADO

Confira na matérias as dicas para se precaver e evitar prejuízos

Um professor da UFSJ, sindicalizado à ADUFSJ - Seção Sindical, foi vítima de um golpe cujo prejuízo chega a mais de R$ 90 mil.

Além de aplicar o golpe neste professor, os golpistas estão abordando outros sindicalizados. Por isso, a Seção Sindical recomenda todo o cuidado possível nas transações financeiras.

Entenda o golpe

Em janeiro de 2021, o professor recebeu o contato, feito por WhatsApp, da empresa Nc Intermediações de Negócios, no qual a mesma lhe oferecia um empréstimo consignado no Banco C6 Consig, com uma taxa de juros menor do que a aplicada no seu empréstimo com outra instituição bancária.

Vale ressaltar que o professor ainda tentou se precaver e entrou em contato com o banco para verificar a validade da proposta. No entanto, o C6 Consig informou apenas que não realiza empréstimos consignados diretamente, apenas por intermédio de representantes bancários. A informação, portanto, fortaleceu ainda mais a veracidade da proposta.

Além disso, ele buscou também se aconselhar com uma amiga pessoal que é gerente de empréstimo de uma terceira instituição bancária e foi informada de que a prática era comum no mercado financeiro e que a proposta apresentada pela empresa era vantajosa.

Sendo assim, acabou por efetuar a transação e autorizar o empréstimo. Isso ocorreu no início do mês de fevereiro e os golpistas informaram que o comprovante de quitação seria enviado em até três dias. No entanto, seis dias depois, entrou em contato com o Banco C6 e foi informada de que não seria realizada nenhuma quitação e que o valor do novo empréstimo contratado havia sido depositado em uma conta, que a vítima desconhecia, no Banco BMG.

Tanto os bancos C6 Consig quanto o BMG foram informados da fraude pela vítima, mas alegam que a responsabilidade pertence à outra instituição bancária.

O professor relata que o valor contratado no empréstimo foi de R$ 94.922,39 e o valor depositado na conta fraudada e sacado pelos golpistas foi de R$ 92.022,60.

Sigepe

Segundo a vítima, um dos problemas foi ele não ter tido acesso ao contrato do empréstimo consignado previamente. Isso porque, quando um servidor público realiza um empréstimo como esse, ele precisa fazer a autorização no Sistema de Gestão de Pessoas do Governo Federal (Sigepe).

No entanto, o Sigepe não permite ao usuário ter acesso ao contrato, somente algumas informações básicas, como banco, número do contrato, valor do empréstimo e dos juros. Para o professor, esta é uma falha do sistema de gestão do governo, que facilita a ação dos golpistas.

Golpe do empréstimo consignado

Conhecido como ‘Golpe do empréstimo consignado’ ou “Golpe da falsa portabilidade'', ele consiste basicamente nas empresas fraudulentas oferecendo às vítimas a portabilidade de um empréstimo consignado em condições mais favoráveis.

Além dos idosos, os servidores públicos são as vítimas mais procuradas pelos golpistas devido a facilidade com que conseguem contratar empréstimos consignados em sua folha de pagamento.

Para evitar cair em golpes, a recomendação é de que o indivíduo, além de entender como funciona o crédito consignado, se informe sobre instituições financeiras reconhecidas e não aceite intermediários nas transações.

O caso do professor da UFSJ comprova que isso não é suficiente. Portanto, é aconselhável também que o servidor exija antecipadamente o contrato e contate o SIGEPE para obter mais informações. 

Se o golpe já foi realizado, a vítima deve procurar o banco responsável pelo empréstimo, registrar um boletim de ocorrência e apresentar o caso aos órgãos competentes de defesa do consumidor. Se nada for feito, o caso deve ser levado à Justiça.

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