Professores debatem critérios para eleição do reitor no Colégio Eleitoral

Para a maioria dos professores presentes, o voto aberto em sessão pública seria a melhor forma de garantir que a democracia seja respeitada

Os professores debateram os critérios para a eleição do reitor da UFSJ no Colégio Eleitoral, em assembleia geral estendida, realizada nesta quinta (28), nos quatro municípios que abrigam campi da instituição. Para a maioria dos presentes, o voto aberto em sessão pública seria a melhor forma de garantir que a democracia seja respeitada

De acordo com a presidenta da ADUFSJ – Seção Sindical, Maria Jaqueline de Grammont Machado de Araújo, a prioridade agora é garantir que o processo seja o mais democrático possível e que o Colégio Eleitoral acompanhe a decisão de professores, técnicos e estudantes, já manifestada nas urnas, no dia 26/11.

Ela explicou que a votação no Colégio Eleitoral não tem vinculação com a pesquisa informal realizada pelos sindicatos e pelo DCE, no dia 26/11. Entretanto, ressaltou que, historicamente, o órgão colegiado sempre respeitou a vontade da comunidade acadêmica. “O que a gente espera é conseguir agora, sem conflitos e sem problemas, que a chapa eleita pela comunidade acadêmica também passe pelo Colégio Eleitoral”, disse.

Maria Jaqueline informou que a reitoria da UFSJ já elaborou uma proposta de minuta para deliberar as regras desta eleição. A minuta determina, contudo, que os votos dos conselheiros sejam sigilosos e que a sessão seja fechada. “A nossa proposta é que esta seja uma eleição aberta, pública e democrática”, afirmou.

A 1ª secretária da ADUFSJ, Maria Clara Santos, propôs que os professores mantenham um diálogo franco com os conselheiros, no sentido de indicar a eles que aprovem o voto aberto na eleição. “A condicionante de impedir a manifestação do voto me parece muito exagerada”, acrescentou.

O professor Vicente Leão elogiou a condução da pesquisa informal. “Este processo eleitoral foi muito bonito, porque a gente percebeu o apreço da comunidade acadêmica pela democracia”, avaliou.

Eleito para reitor pela comunidade acadêmica, o professor Marcelo Pereira de Andrade parabenizou o Comitê Executivo, os sindicatos e o DCE pela condução do processo de pesquisa. E argumentou que é necessário que a eleição no Colégio Eleitoral tenha regras que ninguém possa acusar de serem irregulares.  

O professor Dimas José de Resende lembrou que o prazo final para envio da lista tríplice está apertado, em função da proximidade do fim do semestre. “Segundo ele, o mandato do reitor termina em 9/5, mas a lista tem que ser enviada até 60 dias antes, ou seja, 8/3, logo após o início do próximo semestre.

 

Processo legal

De acordo com a Lei 9.192/1995, reitores e vice-reitores das universidades federais são nomeados pelo presidente da República, a partir de uma lista tríplice organizada pelo colegiado máximo da instituição, ou outro colegiado que o englobe, instituído especificamente para este fim.

No caso da UFSJ, é o Colégio Eleitoral, composto pelos três conselhos superiores da instituição: Conselho Universitário (Consu), Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Conep) e Conselho Diretor (Condi). Cabe ao Consu fazer a convocação do Colégio Eleitoral e deliberar as regras da eleição. Para isso, o órgão se reunirá nesta segunda (2), às 14h.

A lista tríplice elaborada pelo Colégio Eleitoral tem que ser enviada ao governo federal até o dia 8/3 de 2020, 60 dias antes de vencer o mandato do atual reitor, que expira em 9/5. Por isso, a decisão dos docentes reunidos em assembleia é pressionar para que a eleição ocorra ainda este semestre.

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