Professores, técnicos, estudantes e candidatos elogiam 1º debate para reitor da UFSJ

Cerca de 200 pessoas participaram do evento, nesta segunda (11), no Campus Alto Paraopeba, em Ouro Branco

Aproximadamente 200 pessoas participaram do 1º debate com os candidatos a reitor da UFSJ, realizado nesta segunda (11), no Campus Alto Paraopeba (CAP), em Ouro Branco.

A presidenta do Comitê Executivo responsável pela pesquisa, professora Rejane Corrêa da Rocha, ressaltou a cordialidade entre os membros das chapas e a prontidão com que as perguntas foram respondidas. “O debate teve um bom nível e nós conseguimos começar a discussão dos programas propostos à universidade”, declarou. 

Candidato pela Chapa 1, “UFSJ Transparente e Coletiva”, o professor Marcelo Pereira de Andrade aprovou a iniciativa e acredita que, a partir dela, a comunidade universitária poderá fazer a diferenciação entre as chapas. “Foi muito democrático. Expomos nossas ideias, quem nós somos, o que nós fazemos. Foi muito bom”, afirmou à reportagem da ADUFSJ – Seção Sindical.

Candidato pela Chapa 3, “Continuando no Caminho Certo”, o professor Sérgio Augusto Araújo da Gama Cerqueira destacou o papel do debate no confronto de ideias, mantendo um nível interessante e respeitoso entre as chapas. “A comunidade saiu mais esclarecida das posições de cada um, em especial frente à questão da autonomia e do respeito a democracia na universidade”, avaliou.

Candidato pela Chapa 2, “UFSJ Inovadora e Inclusiva”, Carlos Alberto Raposo da Cunha não aceitou conceder entrevista. Ele alegou que estava muito cansado, devido ao deslocamento de São João del-Rei até Ouro Branco, debaixo de fortes chuvas.  
 
Comunidade acadêmica

Professor de Administração no CAP, Velcimiro Inácio Maia avaliou que o debate foi positivo e ajudará a comunidade acadêmica na tomada de decisão para o voto. 

Segundo ele, o evento permitiu que os presentes conhecessem a posição de cada chapa em relação ao atual governo. “Estamos passando por um período de ataques à autonomia universitária, à universidade pública, à liberdade de cátedra. Precisamos saber muito bem como cada candidato se posiciona em relação a tudo isso”, afirmou. 

Conceição de Souza Santos, assistente social no CAP, acredita que o debate é importante para esclarecer à comunidade sobre as propostas  que cada chapa está trazendo para a futura gestão da UFSJ. “Em especial nesse momento de dificuldade financeira e contingenciamento de despesas, é muito importante que as chapas façam essa apresentação para a comunidade”, ressalta. 

Para a servidora, os principais pontos abordados durante os debates são aqueles relacionados à assistência estudantil, visto que a universidade recebe alunos de vários locais, com diferentes níveis de aprendizado. “Outro ponto é a questão de estrutura física específica de cada campus, que no caso do CAP seria o Centro de Convivência que os alunos cobram muito, além de maior incentivo ao esporte” afirma Santos.

Estudante de engenharia Civil e ex-presidenta do Diretório Acadêmico, Raphaela Bugati também aprovou a iniciativa. “É extremamente importante trazer este tipo de debate para o CAP, um campus fora de sede, onde estas discussões não ocorrem. O que a gente vê por aqui é a baixa adesão dos alunos ao debate político, e estas iniciativas ajudam a reverter isso. O número de presentes já demonstra isso”, disse ela.

Dentre as pautas fundamentais para o debate, a estudante ressaltou o posicionamento das chapas em relação ao Future-se. “É importante que o próximo reitor não volte atrás na decisão do Conselho Universitário de não aderir ao programa”, afirmou. 

Ela cobrou também a necessidade dos candidatos apresentarem seus projetos para tratar a saúde mental dos estudantes. “Aqui no CAP, o atendimento psicológico é terceirizado e oferecido apenas para os alunos da assistência estudantil. E nós temos histórico de suicídio”, justificou. 

O estudante do primeiro período do curso de Engenharia Química do CAP, Victor Barreiro Pereira, também pontuou a importância do debate para que a comunidade acadêmica saiba os objetivos de cada chapa para o futuro da universidade. Segundo ele, o mais importante agora é discutir a inclusão na universidade. “É preciso trazer aqueles que estão excluídos para o ambiente acadêmico. Só assim será possível aumentar o nível intelectual do país”, afirma o estudante. 

O segundo debate da pesquisa para reitor da UFSJ será realizado nesta quarta (13), às 14hs no Campus Centro-Oeste Dona Lindu (CCO), em Divinópolis.

Compartilhar