LIVE DESTACA IMPORTÂNCIA DA ADESÃO ÀS MANIFESTAÇÕES EM DEFESA DA UNIVERSIDADE PÚBLICA NO DIA 29/5

Não à asfixia das universidades públicas foi o tema da live que contou com a presença do deputado Rogério Correa (PT-MG)

O Sinds-UFSJ, a ADUFSJ e o DCE-UFSJ receberam o deputado federal Rogério Correia (PT), em um debate online realizado nesta quinta (20), para debater a atual conjuntura do país e alternativas possíveis para enfrentamento dos ataques e cortes nas universidades públicas, mesmo durante a pandemia.

Questionado sobre o dilema da adesão às manifestações do próximo dia 29 e a ocupação das ruas, Rogério Correia (PT) afirmou que o que está mantendo o Governo Bolsonaro de pé, mesmo com toda as crises que o país enfrenta, é a sua ligação com o Centrão,  o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP) e o mercado.

Segundo o deputado, o que falta para derrubar essa ligação é a mobilização popular. “É preciso ir à luta e, com todos os cuidados, ir às ruas”, afirma Correia.

O coordenador do Sinds-UFSJ, Denilson Carvalho, destacou que é preciso mensurar os riscos da pandemia da Covid-19, mas que mesmo assim, aqueles que podem, devem ir às ruas no dia 29, já que o que está sendo observado é uma escolha seletivo do Governo com relação à destinação de recursos, que está deixando áreas essenciais, como a educação e a saúde, desprotegidas.

Mesmo compartilhando sua visão de que os arroubos autoritários do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não passam de discursos, no sentido de que o Governo não tem força para concretizá-los, o deputado frisou a importância da mobilização social para garantir a democracia.

“É preciso medir o movimento nas ruas e redes sociais e promover um despertar popular que se dê com consciência dos problemas da pandemia”, disse Correia.

Para o deputado, essa mobilização só tem a contribuir com o desgaste que já está sendo observado no Governo Bolsonaro e nas medidas e governos ultraliberais ao redor do mundo. “As universidades estão sentindo, mesmo que de longe, (os efeitos desses ataques). Começa a fazer parte do dia a dia das pessoas o risco de entrar em uma universidade pública e não ter universidade pública mais”, apontou.

O coordenador do Sinds-UFSJ definiu como uma obrigação dos sindicatos, partidos e movimentos sociais o dever de sobreviver, sobreviver a pandemia da Covid-19, mas também de garantir o futuro das universidades e demais instituições públicas.

“O que a gente tem que começar a pensar são as nossas alternativas de enfrentamento ao Governo (Bolsonaro), até que a gente possa retirá-lo e trazer uma outra via, que faça os investimentos necessários que garantam, por exemplo, a expansão da universidade”, disse Carvalho.

Raquel Camacho, presidenta do DCE, lamentou que as boas-vindas aos calouros da UFSJ estejam sendo marcadas por esse cenário de crise e desmonte. Ela apontou as dificuldades dos alunos de manterem as atividades acadêmicas em meio às incertezas sobre o futuro da universidade já no próximo semestre.

“Isso sem contar uma grande preocupação dos estudantes com auxílios mesmo, o PASE (Processo de Avaliação Socioeconômica) e os próprios auxílios de inclusão digital que acabaram (...) garantiram o mínimo de acesso aos estudantes mesmo de forma remota", ressalta Camanho.

União contra ataques

A presidenta da ADUFSJ - Seção Sindical, Jaqueline Grammont, destacou a importância da união, em diversas frentes, entre sindicatos e movimentos sociais contra os ataques do Governo Federal. E sinalizou também que os ataques às universidades e institutos federais de ensino são motivados pela sua excelência.

“Eles mostraram que com investimento e vontade política é possível ter um ensino de qualidade e que os alunos da rede pública podem disputar um lugar na universidade pública, em pé de igualdade, com aqueles que sempre tiveram a universidade como privilégio”, disse a presidenta da associação dos discentes da UFSJ.

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