8 DE MARÇO: MOVIMENTOS DE SJDR E TIRADENTES FAZEM ATO PELAS VÍTIMAS DA COVID-19

Entre as ações, um abraço simbólico à UPA de São João del-Rei, a unidade do SUS que atende vítimas da região

Nesta segunda (8), Dia Internacional da Mulher, o Fórum de Mulheres das Vertentes – formado por sindicatos, movimentos sociais e coletivos feministas de São João del-Rei e Tiradentes - promoveu um ato simbólico para ressaltar o caráter de luta do Dia Internacional da Mulher, comemorado nesta data.
 
Ao meio dia, um grupo composto por estudantes, profissionais da saúde, da educação e outros membros da comunidade realizaram um abraço na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de São João del-Rei, a unidade do Sistema Único de Saúde (SUS) responsável pelo atendimento a vítimas da covid-19 do município e região.
 
Em frente à instituição, os manifestantes fizeram um minuto de silêncio pelas vítimas da pandemia, pelas famílias enlutadas e pelos que estão sofrendo nas casas de saúde com a doença.
 
Em seguida, o grupo seguiu pelas ruas da cidade até a escadaria do Teatro Municipal. Durante o percurso, as mulheres discursaram e chamaram a atenção da população para o fato de que boa parte das mais de 265 mil mortes por Covid-19 no país poderiam ter sido evitadas se o Governo Federal tivesse lidado corretamente com a pandemia, proporcionando um auxílio digno e ininterrupto para quem precisa, comprando vacina no momento certo e defendendo o uso de máscara e o distanciamento social.
 
Jussara Maria Horta, servidora que atua na coordenação de aposentados e pensionistas do Sinds-UFSJ, frisou a agenda proposta pelo Fórum de Mulheres das Vertentes para o mês de março tem como tema “a luta e o luto”. A luta pelos direitos das mulheres em todos os âmbitos, seja no direito a um parto seguro e humanizado, à igualdade salarial e outros. E o luto por todas as vítimas da Covid-19 e as famílias que perderam entes queridos.
 
“Eu tenho pensado nesses últimos dias como é importante a formação, a formação do trabalhador. A gente se forma no trabalho, a gente se forma na escola, então é importante essa formação da conscientização e da emancipação da pessoa. Emancipação no sentido de desenvolvimento de um pensamento crítico e reflexivo”, diz Jussara sobre a importância dos sindicatos e movimentos sociais irem às ruas neste 8 de março.
 
Migrando para as redes sociais, ela lembrou que no dia 18 de março, às 19h, tem live do Sinds-UFSJ e do Coletivo Severinas compondo a programação do mês da mulher.
 
Membro do Fórum de Mulheres das Vertentes, a presidenta da ADUFSJ - Seção Sindical, Jaqueline de Grammont, lembra que a luta das mulheres não é de hoje e seguirá ainda por muito tempo.
 
“Neste momento da pandemia essa luta se faz ainda mais premente, porque a mulher está na frente da maioria dos lares brasileiros, é a mulher que é chefe de família, é a mulher que trabalha para levar dinheiro para casa, é a mulher que cuida dos filhos, é a mulher que está aí sofrendo grande parte da violência e descaso que esse governo tem dispensado ao povo brasileiro”, diz.
 
Para ela, ir para a rua mesmo durante a pandemia - seguindo os protocolos recomendados pelos órgãos de saúde - é um ato de solidariedade a essas mulheres.

Foto: Thais Andressa

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